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Delegado cita risco de 'gatos' na energia: 'coloca em risco a vida para baratear o custo'

Jefferson Matson, da 3ª DPP de Anápolis, também abordou as punições previstas para quem pratica o crime

10/08/2024 10h10 Atualizada há 3 meses
Por: Marília Castro
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Comumente chamados de "gatos" na rede elétrica, essas ligações diretas para se esquivar de faturas configuram crime. E, em Anápolis, a infração de furto de energia tem sido recorrente, acumulando mais de cinco mil ocorrências no último ano.

Agora, em 2024, os casos não cessaram, inclusive acontecendo um na última quarta (7). Na ocasião, o dono de um lavajato foi preso em flagrante pela prática, no bairro Jundiaí Industrial, além de acumular débitos superiores a R$ 100 mil junto a Equatorial.

O delegado Jefferson Matson, da 3ª Delegacia de Polícia (DDP), trouxe que algumas das ocorrências envolvem empresários da cidade, como o caso citado. Inclusive, o argumento utilizado visa sempre "baratear os custos da operação", conforme cita o policial civil.

Matson frisa ainda que a operação para se realizar um "gato" pode acarretar em problemas além dos previstos nas leis. O delegado cita que incêndios podem ocorrer em decorrência da sobrecarga do sistema, além de possíveis descargas elétricas em quem pratica o furto de energia.

"A pessoa até coloca em risco a própria vida para baratear um pouco o custo ali. Fazer uma ligação a revelia da empresa, colocando em risco a integridade das pessoas que ali frequentam. (...) A Equatorial tem técnicos para fazer este tipo de serviço. Deixar uma pessoa leiga para fazer uma subtração de uma rede de alta tensão, corre risco de incêndio mesmo", comenta o delegado.


Fiança

O crime de furto de energia elétrica pode acarretar em até quatro anos de reclusão, com direito a fiança. Matson, no entanto, pontua que o pagamento do direito do acusado não o isenta das punições penais. Inclusive, o delegado cita que, em determinados casos, a fiança pode até alcançar valores exorbitantes.

"Em caso de reincidência, há a majoração da fiança. Porque uma coisa é o cidadão ser primário, cometer um equívoco. Vai ter a quantificação da fiança, que pode ser de um a seis salários mínimos. Mas digamos que um proprietário de uma empresa tem um poder aquisitivo muito alto, a fiança pode ser multiplicada em até mil vezes.", completa.

Matéria por: Samih Zakzak

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