As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Anápolis estão colapsando. Com mais de 500 atendimentos diários em locais projetados para apenas 300, a situação é de caos. Pacientes amontoados, filas intermináveis e profissionais de saúde exaustos refletem um sistema que parece ter sido abandonado pelo poder público.
A indignação da população cresce a cada dia. Ondion Crisóstomo, que passou mais de quatro horas aguardando para que sua filha passasse pela triagem, expressou sua frustração: "É um desrespeito com todos nós. Minha filha estava sofrendo e ninguém fez nada por horas. Isso é inadmissível."
Cesar, outro morador de Anápolis, teve que deixar o trabalho para levar sua esposa e filha doentes à UPA. Após três horas de espera, sua filha começou a passar mal de forma preocupante, e só então foram atendidos. "É desumano. Eu vi minha filha piorar ali na frente de todos, sem que ninguém fizesse nada. Isso não pode continuar assim", desabafou.
Enquanto a população sofre, a Prefeitura alega que está "adotando medidas emergenciais". Mas, até agora, o que se vê é mais do mesmo: promessas vazias e falta de ação concreta. Maria do Carmo, 68 anos, resume o desespero: "Esperei seis horas com meu neto. Ninguém merece isso."
O que está em jogo aqui é a vida das pessoas, e o poder público parece estar jogando com o destino da população de Anápolis. Até quando a cidade terá que suportar essa negligência?