Dos 12 casos confirmados do vírus Mpox, que causa doença parecida, porém mais forte, com a varíola, apenas um aconteceu em Anápolis. A Superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Flúvia Amorim, foi para as redes sociais esta semana para fazer um alerta sobre notícias e imagens falsas que andam circulando em Goiás e causando pânico na população. “Estamos monitorando com rigor os nossos sistemas de vigilância epidemiológica junto ao Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen)”, comunica Flúvia Amorim.
Ela reafirma que Goiás não registra surto da Monkeypox e que ocorreu nenhuma morte causada pelo vírus Mpox. Além disso, Flúvia Amorim ressalta a necessidade da população e profissionais de saúde buscarem informações de forma séria e responsável em sites que são fontes oficiais como do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde.
“Goiás registrou até agora apenas casos esporádicos, sem vínculo entre si”, informa a superintendente de Vigilância Epidemiológica/SES. Em 2023, foram 348 notificações da doença, com 101 confirmações, sem nenhuma morte. Neste ano, foram 84 notificações, com 12 casos confirmados, sendo apenas um em Anápolis, também sem óbitos registrados.
Dos 12 casos confirmados, 5 são de Aparecida de Goiânia, 4 de Goiânia, 1 de Goianápolis, 1 de Anápolis e 1 de Águas Lindas de Goiás. Sendo nenhum deles relacionados a variante 1B do vírus Mpox que causa surtos com maior capacidade de transmissão e maior gravidade. Estes casos estão restritos no continente africano e um caso da nova variante confirmado na Suécia.
Ela ressalta, ainda, que esta variante 1B do vírus Mpox não foi detectada em nenhum caso da doença no país e em Goiás. A doença vem acontecendo em Goiás e no país desde 2022, “não sendo motivo de pânico”. No entanto, Flúvia Amorim ressalta a importância de todos permanecerem vigilantes e seguir as recomendações disponíveis para lidar com essa emergência de importância internacional.
“Apesar da Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado uma emergência sanitária global tem o objetivo de deixar em alerta as vigilâncias sanitárias e epidemiológicas para evitar surtos”, ressalta Flúvia Amorim.
Sintomas e diagnóstico antecipado
A transmissão da doença se dá pelo contato com a pele em função das lesões, que são muito parecidas com a catapora, e também pela via sexual. Entre os sintomas, todos parecidos com a catapora, estão lesão na pele que começa com pontos vermelhos que se transformam em bolhas, febre, dor no corpo, dores de cabeça e dores musculares.
A Superintendência Estadual de Vigilância Epidemiológica orienta a população e aos profissionais de saúde dos municípios a ficarem atentos para fazer um diagnóstico antecipado e assim indicar o tratamento adequado. “Quem apresentar esses sintomas deve procurar se isolar da convivência com outras pessoas para evitar transmissão da doença e procurar imediatamente uma unidade de saúde, que deve notificar a Vigilância Epidemiológica do município e do estado”, ressalta Flúvia Amorim.