As mudanças bruscas de temperatura nas últimas semanas em Goiás e o baixo número de pessoas vacinadas são as principais causas do aumento de pessoas com influenza ou gripe mais forte. Esta situação acendeu o alerta na Secretaria Estadual de Saúde que orienta a população a procurar a vacina contra gripe disponível nas unidades dos municípios em Goiás. A doença que normalmente causa picos de aumento no outono, tem tido crescimento considerável no número de casos devido às mudanças bruscas de temperatura.
Apesar da vacina contra gripe estar disponível em todos os 246 municípios goianos, a Secretaria Estadual de Saúde informa que a cobertura vacinal em Goiás está abaixo do ideal. “O Ministério da Saúde recomenda uma cobertura vacinal de 90%, mas, até o momento, o estado registra apenas 44,91%. Em Goiânia e Aparecida de Goiânia, as coberturas são ainda mais preocupantes, com índices de 44,22% e 56,69%, respectivamente”, alertou o secretário estadual da Saúde, Rasível Santos.
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começou em março com foco nos grupos prioritários recomendados pelo Ministério da Saúde, como idosos e pessoas com problemas de imunidade e outras comorbidades. No entanto, foi ampliada para toda a população com idade acima de seis meses a partir do final de abril. E mesmo assim, segundo o estado, a procura tem sido muito baixa.
Até 17 de outubro foram registrados 6 mil e 44 internações por Síndrome Respiratória Aguda e destes 595 não resistiram à doença e acabaram morrendo. A maioria dos que foram a óbito se concentrou na faixa etária acima dos 50 anos. As informações são do Painel de Notificações da SES-GO. Idosos acima de 60 anos e crianças menores de dois anos são as mais afetadas pela doença.
A melhor forma de evitar a doença e as mortes é com a prevenção feita por meio da vacinação. O alerta é da superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. "A vacina é segura e eficaz na redução dos casos graves e óbitos relacionados à doença. Em caso de suspeita da doença, é fundamental evitar o contato com outras pessoas, utilizar máscara e higienizar as mãos frequentemente, pois o vírus é facilmente transmitido por gotículas salivares durante tosses, espirros ou conversas”, enfatiza a Superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.
Flúvia Amorim ainda ressalta que, em caso de sintomas gripais, como febre persistente, tosse e dificuldade para respirar, é importante que as pessoas procurem uma unidade de saúde imediatamente, especialmente idosos, crianças e imunodeprimidos. A superintendente de Vigilância em Saúde explica que em Goiás existe um padrão de sazonalidade da influenza e do aumento do número de casos. “Temos picos no outono, devido às mudanças bruscas de temperatura, e, novamente, no final do ano, a partir de meados de setembro. Essa sazonalidade é influenciada por variações climáticas que favorecem a circulação do vírus”, explica. E reorça a necessidade de vacinação.