O Parque Ambiental do Ipiranga em Anápolis será o palco da peça Hamlet na Rua, do projeto Cena em Trânsito. O espetáculo é gratuito e começa às 18h deste sábado, dia 5 de outubro. Os anapolinos serão os primeiros a receber a peça, que depois segue para Caldas Novas, onde a apresentação ocorre no dia 19, e encerra em Pirenópolis no dia 9 de novembro.
A peça narra a trágica trajetória de Hamlet em sua luta para consertar o seu mundo. Ele ultrapassa os limites da realidade, da loucura, da ficção, do poder e do amor, provocando um rastro de graves consequências que atingem todos ao seu redor.
O Parque Ambiental Ipiranga será preparado especialmente para a apresentação, onde será colocado um grande tapete vermelho para demarcar o espaço da apresentação. O cenário será composto por coroas, espadas, flores, escadas, máscaras e capas que prometem encantar o público. Os personagens se materializam e desmaterializam diante dos olhos do público. Hamlet, Rei Hamlet, Horácio, Ofélia, Rei Cláudio, Rainha Gertrudes, Polônio, Laertes, Rossencrantz e Guildenstern - não estão mortos e são representados como figuras arquetípicas, que podem ainda habitar o cotidiano de hoje.
No elenco estão os reconhecidos artistas locais: Arilton Rocha, Luanna Borges, Cleber Alves e Robson Parente.Os quatro atores vão se revezar na apresentação dos diversos personagens da peça e em um jogo cênico, em dado momento convidam o público para participar sendo ou não personagem do espetáculo.
O objetivo do projeto que vai circular por mais duas cidades goianas pretende interferir no cotidiano das pessoas, ocupando espaços públicos com uma das mais tradicionais peça de Shakespeare. A circulação tem o apoio da Lei Paulo Gustavo e Secult - Secretaria de Estado da Cultura de Goiás via Edital nº 14/2023 Circula Goiás - Difusão da Arte e Cultura Goiana.
Sobre a montagem do espetáculo na rua, o dramaturgo e diretor artístico, Constantino Isidoro explica que colocar a visão de colonizado em um clássico como esse de Shakespeare foi quase uma antropofagia. “Hamlet é aquela pessoa que enxerga a falência da humanidade, que faz tudo em busca do poder pelo poder, ou mesmo de uma sociedade que nos coloca em um consumo desenfreado. Então, a dinâmica de Hamlet também é de nos chamar a atenção para o caminho que estamos indo”, completa.
Diálogos sobre a encenação
Ao final da apresentação os artistas e público terão a oportunidade de conversar sobre o que viram, entenderam, como receberam as mensagens da peça, tirar dúvidas. Será o momento do Diálogos sobre a encenação, que faz parte do projeto. A conversa será conduzida pela equipe da peça, abrangendo tópicos como: dramaturgia, compartilhamento, histórico das apresentações e recepção dos diferentes públicos, entre outros assuntos de interesse dos participantes.
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